Com as complicações decorrentes do novo surto de Covid-19, o porto de Yantian, China, está há duas semanas congestionado, causando o bloqueio de cerca de 357mil TEUs, número acima da quantidade de TEUs afetados no bloqueio do Canal de Suez, que por 6 dias impactou o fluxo de 330mil TEUs.
Este acontecimento agrava ainda mais a crise internacional de contêiners, que recentemente está elevando o valor do frete marítimo.
Mai Boliang, CEO da China International Marine Containers (CIMC), a maior fabricante de containers do mundo, prevê que a crise de falta de equipamentos persistirá em 2021. Mai pontuou, “o problema nao é falta de fornecimento, mas a pobre circulação de containers. Temos duas principais razoes: uma, é que os 20 portos mais movimentados do mundo estão atualmente congestionados, com filas de navios e unidades vazias que não podem ser retornadas; a outra é que o novo surto de Covid-19 fez com que muitos países e regiões suspendessem atividades econômicas e industriais. ”
As tarifas de transporte internacional marítimo ao redor do mundo estão em constante disparo. De janeiro a maio de 2021, o preço do frete subiu em mais de 30%, e a expectativa é de que novos aumentos ocorram até o final de julho.
Este constante aumento vem como consequência de diversos fatores, como o enchalhe do navio mercante Ever Given, no Canal de Suez, Egito, e também do surto de Covid-19 em funcionários do porto de Shenzhen (Yantian) na China, o que causou uma drástica diminuição da circulação de navios.
Como consequência da falta de espaço nos navios e essa diminuição de circulação, temos um grande aumento no tempo de transito de diversas rotas, unidades vazias pendentes de retorno por conta da dificuldade de chegada nos portos e resultando então no aumento nos fretes.