A Organização Marítima Internacional (IMO), é o organismo da ONU responsável por garantir que a indústria mundial de transporte marítimo seja limpa, segura e eficiente.
E a nova alternativa para garantir esses pontos objetivos ela implementará novas regulamentações a partir do próximo ano.
Nomeada como IMO 2020, ela promete mudanças na frota dos navios e variação nos valores dos fretes no mercado internacional. Isso porque a nova regulamentação vai trabalhar diminuindo drasticamente a porcentagem limite de emissão de enxofre já para 1° de janeiro.
Atualmente, este limite é de 3,5%, um grande desafio aos armadores no ano que está para vir será ajustar suas frotas para que emitam apenas 0,5%.
Após 8 anos de reuniões e negociações e em 2016 foi concluído e acordado como data limite o ano de 2020 para adequação da indústria.
Para alcançar as metas propostas, a IMO 2020 propõe aos armadores o uso de óleo combustível com teor de enxofre reduzido, uso de gás como combustível, o uso do metanol como combustível alternativo e a instalação de sistema de limpeza de gases de escape ou “catalisadores”, que tem a função de limpar a emissão dos gases antes mesmo de serem liberados para a atmosfera. Isso tudo é apresentado no documento chamado Anexo VI da Convenção Internacional para Prevenção da Poluição por Navios (Convenção MARPOL). Este documento salienta regulamentações cada vez mais rigorosas em decorrência aos riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Tudo por conta das emissões de gases (incluindo os óxidos de enxofre e nitrosos) das embarcações mercantes.
A indústria estima que mais de 90% da frota global de navios dependerá de combustíveis compatíveis quando as regras de enxofre entrarem em vigor no próximo dia 1º de janeiro de 2020. Até lá, as linhas precisarão investir em diferentes tecnologias e investimentos operacionais, como depuradores. Estima-se também de que, em um período de 5 a 10 anos, os armadores conseguirão entender qual a melhor maneira e tecnologia que atende a IMO 2020.
Desafios com o IMO 2020
Para a adequação à regulamentação, os armadores terão alguns desafios a serem pontuados.
Haverá também impactos nos contratos a longo prazo – o bunker se torna variável sendo, dessa forma, uma maneira das companhias se protegerem com os valores de frete.
Os armadores terão formas de aplicar o novo acordo:
Um novo combustível está sendo desenvolvimento, mais fino que o óleo utilizado atualmente e 6 vezes menos poluente. Esse investimento é o mais caro, onde implicará diretamente nos valores de bunker.
Por conta do seu alto investimento, será analisado a disponibilidade para atender as embarcações em operação.
Quando aceso, leva a emissões insignificantes de óxido de enxofre. Já é utilizado o GNV como combustível nos carros e agora pode ser utilizado nos navios. Assim como no automóvel, que o GNV tira o espaço do porta malas, nos navios ocupa até 30% da capacidade dos mesmos. Navios com capacidade para 14 mil TEU ficam com espaço real de 9.800 TEU com o GNV instalado.O metanol vem sendo usado em alguns serviços de curta distância marítima devido ao alto custo de biocombustíveis no mercado. Os biocombustíveis têm níveis muito baixos de enxofre e baixas emissões de CO2. O desafio imediato é que o setor de navegação tem pouco conhecimento sobre manuseio e aplicação desses biocombustíveis. Outro desafio é que os volumes de biocombustíveis necessários para abastecer o setor são grandes. Um único navio de tamanho gigante pode consumir a produção anual de biocombustível para um navio de tamanho médio, cerca de 100 milhões de litros.
Os sistemas de limpeza de gases de escape ou purificadores “limpam” as emissões antes de serem libertadas para a atmosfera. O catalisador filtra os poluentes emitidos pela embarcação e pode ser implantado nos navios atuais (onde atualmente operam o óleo tradicional como combustível)