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Sinais positivos no Comércio Exterior

O resultado comercial de US$ 6,42 bilhões (diferença entre exportações e importações) de maio veio em caráter de acordo com as expectativas dos especialistas e prova uma recuperação das exportações, que passaram de US$ 19,7 bilhões em abril para US$ 21,4 bilhões no mês passado, melhor resultado mensal deste ano. O superávit da última semana de maio ficou de US$ 1,4 bilhão e participou com os dados positivos analisados no mês, com a ajuda do número de dias úteis (22, contra 21 em maio de 2018).

Também cresceram as exportações de semimanufaturados (+15,4% em relação a maio de 2018), mas perderam em 3,9% as vendas de itens básicos, influenciadas pelas quedas da receita de exportação de minério de cobre, soja em grão e farelo de soja. O retrocesso dos preços de commodities, com ênfase para a soja, impediu uma evolução mais nítida do comércio exterior.

Em maio, o Brasil dependeu mais das vendas para o Oriente Médio (+86,8% em relação a maio de 2018) e para os Estados Unidos (+60,1%), do que para a China – que compra mais itens básicos, como soja – e para a Argentina, que já foi grande importadora de veículos.

O resultado comercial, fundamental para o equilíbrio das contas cambiais, vem sendo auxiliado por um aspecto negativo, que é o baixo nível da atividade econômica. Uma melhoria mais nítida da economia terá de significar um aumento de importações, com reflexos negativos sobre o superávit.

Num contexto global competidor, com a piora das relações comerciais entre os Estados Unidos e a China e o menor desenvolvimento do comércio internacional, o desafio brasileiro é manter a corrente de comércio (soma de exportações e importações), que recuou 0,3% entre os primeiros cinco meses de 2018 e de 2019, mas ainda passou US$ 422,2 bilhões nos últimos 12 meses, com crescimento de 8,8% em relação aos 12 meses passados.

 

Fonte: Estadão

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